5.6.10

412. Muito ou pouco

Obviamente é mais cômodo saber pouco do que saber muito.

Menendez Y Pelayo

3.6.10

410. Nelson e os santos

Qualquer um tem o seu momento de são Francisco de Assis, e insisto: – o vigarista, o batedor de carteiras, o ladrão de galinhas ou o Drácula pode, sob um estímulo qualquer, virar um santo feérico.

Nelson Rodrigues

2.6.10

409. Nelson e a razão

O mundo só pode ser dos que têm razão. Mas a razão é todo um maravilhoso esforço, toda uma dilacerada paciência, toda uma santidade conquistada, toda uma desesperada lucidez. Não era bem assim que eu queria dizer. Mas faltam-me palavras.

Nelson Rodrigues

1.6.10

408. Nelson e os quadris

A paisagem carioca anda escassa de gordas. Não há os antigos quadris monumentais. E, outro dia, um parteiro me a confidência amarga: — "Bacias estreitas". Ali, numa restrição sucinta, estava todo o julgamento de uma época.

Nelson Rodrigues

31.5.10

407. Nelson e o pacto de morte

Para mim, mais patético do que cem mortos é o casal que se mata de amor e por amor.

Nelson Rodrigues

30.5.10

406. Nelson, o louco varrido

Ao longo de vinte anos, fui o único autor obsceno do Brasil. E, durante esse período, fui chamado de tarado em manchete. Os críticos me xingavam de "cérebro doentio", de “caso de polícia", de "louco varrido".

Nelson Rodrigues