24.11.11

915. Assim falou Paulo Francis (5 de 10): AIDS

O flagelo da AIDS foi um dilúvio na fervura dos ativistas. São terríveis as lembranças que evoca. Afinal, as três maiores religiões do mundo, cristianismo, judaísmo e islamismo, condenam explicitamente a atividade homossexual. A medicina séria, idem. Freud, que pouco escreveu sobre o assunto a não ser em cartas, tratou com a maior cortesia e delicadeza o problema homossexual, consideran­do-o uma das aberrações "normais" entre os seres humanos e propôs para os homossexuais o mesmo que para os heterossexuais: uma maneira de eles sofrerem menos. AIDS foi o estigma na década de 1980. Talvez seja irremovível. Mas pelo menos podemos começar os anos 90 encarando o assunto sem o sensacionalismo vulgar da mídia e sem as balelas fantasiosas dos ideólogos homossexuais. AIDS já traz um sofrimento tão horrível que pode dispensar essa sobrecarga retórica. Que tantos jovens tenham sido ceifados é uma tragédia de proporções não muito diferentes das mortes da juventu­de na Primeira Guerra Mundial, quando um segundo-tenente tinha prazo de vida previsto de três semanas

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